domingo, 18 de julho de 2010

AUTISTA



O enigma do autismo

Ele vive no seu próprio mundo." A frase é bastante utilizada para descrever de forma leviana pessoas distraídas, que dão pouca atenção ao que acontece ao seu redor. As mesmas palavras, entretanto, ganham um significado muito mais enfático quando se referem a um portador de autismo - uma desordem neurológica manifestada por uma tríade de sintomas: déficit de interação social, dificuldade de linguagem e comportamento repetitivo.

O autismo não é uma disfunção única, mas sim um espectro de problemas, que variam de intensidade e tipo. Uma criança com um autismo leve como a síndrome de Asperger, por exemplo, pode conversar, frequentar escolas normais e ter uma vida independente quando envelhecer. É justamente por abarcar uma infinidade de comportamentos e sintomas secundários que médicos e cientistas preferem classificar o distúrbio, de maneira mais geral, como desordens do espectro autista (ASD, na sigla em inglês).

"É uma charada difícil de ser desvendada, e por isso decepcionante e frustrante", comenta o neuropediatra Leonardo de Azevedo, do IFF-Fiocruz (Instituto Fernandes Figueira), no Rio de Janeiro.

Azevedo realiza estudos clínicos sobre o autismo, em especial sobre a relação entre o distúrbio e o sistema imunológico do seu portador. Além dele, outros pesquisadores e médicos do setor de Neurologia do instituto têm as desordens do espectro autista como objeto de estudo, como é o caso do neurofisiologista Vladimir Lazarev e do neurologista Adailton Pontes, mais voltados para a neurofisiologia da desordem.

Episódios nos quais uma criança portadora de autismo é erroneamente diagnosticada e, por isso, não passa por tratamentos adequados, não são raros, mesmo hoje em dia. No Brasil, por exemplo, ainda há muitos casos de diagnóstico tardio.

Esse cenário está longe do ideal. É de consenso geral entre os cientistas: quanto antes for feito o diagnóstico do autismo, mais fácil e eficiente é o tratamento e, consequentemente, também a melhora. Para o médico Estevão Vadasz, coordenador do Projeto Autismo no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, o ideal é que o diagnóstico seja feito quando a criança tem entre um ano e meio e dois anos.

" O mais comum, no entanto, é a partir dos três anos de idade", afirma.

A força da genética - Desde que o autismo foi descrito pela primeira vez, em 1943, pelo médico austríaco Leo Kanner, um sem-número de estudos já foi feito sobre a desordem, mas ela ainda é considerada uma das mais enigmáticas da ciência.

"Os fatores genéticos respondem por mais de 90% das causas para o autismo", explica o neuropediatra Leonardo deAzevedo.

Os outros possíveis fatores não são conhecidos, e podem ser, por exemplo, resultado de problemas durante a gravidez, como rubéola, toxoplasmose e acidentes.

No Brasil, a pesquisa genética também tem bons prognósticos. O laboratório coordenado por Vadasz no Hospital das Clínicas de São Paulo tem, além de uma área de diagnóstico e tratamento para distúrbios do espectro autista, um projeto de pesquisa voltado para a identificação de genes-candidatos à desordem e de tratamentos com células-tronco. Vadasz é otimista. Para ele, em cinco ou 10 anos, será possível realizar intervenções terapêuticas.

"A ideia é tirar células-tronco dos dentes de leite de crianças autistas, colocá-las em cultura e, com o tempo, diferenciar essas células em neurônios", explica.

Em seguida, os cientistas tentarão introduzir esses neurônios no sistema nervoso para suprir algumas falhas no processamento cerebral, numa técnica chamada de "reengenharia dos neurônios".

Se clinicamente o autismo é bastante conhecido e suas formas de tratamento já alcançaram relativo sucesso, os mecanismos pelos quais ele atua no cérebro ainda geram dúvidas. Muitas hipóteses consideradas têm sido derrubadas por falta de comprovação. De maneira geral, a teoria mais aceita pela comunidade científica é que as mutações genéticas causam falhas de conexão entre as diferentes regiões cerebrais, o que geraria problemas em algumas estruturas, como o cerebelo, o hipotálamo (onde se sintetiza, por exemplo, a oxitocina) e o córtex.

Oxitocina: uma esperança
Entre todos os genes candidatos, a descoberta de um deles tem gerado efeitos práticos mais concretos. Trata-se do gene responsável pelo controle da produção da oxitocina, um hormônio relacionado ao sistema reprodutor feminino, que é produzido no hipotálamo.

Apelidada de "hormônio do amor" graças ao seu papel nas relações interpessoais e nos comportamentos afetivos, a oxitocina tem sido analisada em vários países por seu potencial de tratamento de alguns comportamentos autistas, como a ausência de contato visual e a dificuldade de relação com outras pessoas. "Alguns estudos já comprovaram que pessoas com algum tipo de desordem do espectro autista possuem menos oxitocina no sangue periférico", explica Azevedo.

Foi a partir dessa constatação que instituições do mundo todo têm realizado testes que analisam os efeitos da ingestão de oxitocina em pacientes autistas sob a forma de spray nasal.

Dados os excelentes resultados em estudos, a expectativa é que futuramente se poderá tratar o autismo com oxitocina.

Tratamento - A oxitocina ainda está em fase de testes para o tratamento de sintomas do autismo. Por enquanto, o tratamento para o distúrbio passa por várias áreas médicas, e o grau de efetividade depende da idade em que é iniciado. A cura, entretanto, ainda não está num horizonte próximo.

"No entanto, há tratamentos comportamentais bastante efetivos que podem ajudar crianças e adultos a superar suas dificuldades", comenta o psicólogo Ami Klin, diretor do programa de autismo da Universidade Yale.

Para ele, o objetivo com esses tratamentos - em sua maior parte sem a utilização de medicamentos - não é curar, mas ajudar os portadores dessa desordem no seu relacionamento com outros

Fonte:http://educadoraespecial.blogspot.com/





17 de setembro de 2008 | N° 15729

FONTE
Ale

INCLUSÃO DE DEFICIENTES

Lei permite várias interpretações

Falta de clareza gera jogo de empurra no ensino regular

Além do preconceito, pais de crianças portadoras de deficiência precisam passar por cima das várias interpretações das legislações para garantir o acesso dos filhos ao ensino regular.

Para as associações e entidades representativas das pessoas com necessidades especiais, as leis são claras e obrigam que qualquer rede de ensino atenda os deficientes. Mas sindicatos das escolas e parte do Ministério Público entendem que não há como obrigar a inclusão no setor privado, sendo dever do serviço público.

Na edição de ontem, Zero Hora mostrou a dificuldade de duas mães para conseguir matricular seus filhos em escolas particulares. Essa situação indignou as entidades ligadas aos portadores de deficiência.

– Toda escola faz avaliação. O problema é quando essa avaliação é desenvolvida sem critérios – destaca Alex Garcia, presidente da Associação Gaúcha de Pais e Amigos de Surdocegos e Multideficientes.

Decreto salienta política nacional para deficientes

A Constituição garante o acesso à educação e aponta que isso deve ocorrer prioritariamente no ensino regular. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação referenda esse mesmo artigo e não avança no sentido da regulação.

Esse caminho foi tomado por um decreto federal, de 1999, que trata da política nacional para pessoas com deficiência. O texto aponta a matrícula compulsória em estabelecimentos públicos e particulares de pessoas capazes de se integrar à rede regular.

Segundo o presidente da Federação Rio-Grandense de Entidades de Deficientes Físicos, Tarcízio Cardoso, as escolas públicas precisam cumprir a lei, sob pena de perder recursos federais.

– Atingir o ensino privado ainda é uma questão de tempo. Com a inclusão cada vez maior, o Estado e os municípios não terão condições de atender sozinhos e deverão comprar vagas no setor privado – declara.

A promotora da Infância e Juventude Synara Buttelli afirma, no entanto, que não há como cobrar a obrigatoriedade no segmento particular.

– O que vai ocorrer no futuro é a compra de vagas, como ocorre hoje com os leitos de hospitais – explica.

O presidente do Sindicato dos Estabelecimentos do Ensino Privado do RS (Sinepe), Osvino Toillier, aponta que o bom senso é a melhor alternativa.

– Há casos em que não é possível atender. O ideal é uma boa conversa para solucionar os problemas – salienta.

O que dizem as leis
> Três legislações regem o acesso de deficientes à educação. Embora garantam a oportunidade, nenhuma obriga as instituições de ensino privado a matricular alunos.
> A questão já chegou à Justiça, que normalmente orienta as escolas, principalmente as públicas, a atenderem o artigo 208 da Constituição que garante o atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino.
> A Lei de Diretrizes e Bases da Educação e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) também consagram os princípios da Constituição, mas não obrigam a oferta do serviço.





domingo, 27 de junho de 2010

CONHECENDO UM POUCO A REALIDADE DA ESCOLA

AVALIAÇÃO

A avaliação não deve priorizar apenas o resultado ou o processo, mas a prática de investigação, deve também, questionar a relação ensino-aprendizagem e buscar identificar os conhecimentos construídos e as dificuldades de uma forma dialógica. Os erros são tidos como pistas que demonstram como o aluno está relacionando os conhecimentos que já possui com os novos conhecimentos que estão sendo adquiridos, admitindo uma melhor compreensão destes.



quinta-feira, 17 de junho de 2010

Altas Habilidades/Superdotado

SEMINÁRIO REALIZADO DURANTE A AULA DE NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS

O tema pesquisado buscou alicerce através de sua origem que visa primeiramente diagnosticar quem é o superdotado e quais os meios para alcançá-lo em uma aprendizagem consciente através de um fazer pedagógico não frustrante.
Para tanto, foram estabelecidas algumas características deste indivíduo, que podem auxiliar tanto no conhecimento, quanto nas alternativas produtivas para a construção dos saberes, e das improdutivas que refletem as práticas inconscientes e alienadas.
Os estudos realizados buscaram visualizar o perfil deste sujeito em suas vivências familiares, educacionais e comunitárias, onde muitas vezes pode desenvolver uma hipersensibilidade emocional.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

DISTÚRBIOS DE LINGUAGEM

Disciplina: Necessidades educativas especiais
Professora: Rosa Ramirez
Aluno: Roberto Lopez
Terceiro semestre de pedagogia









DISTÚRBIOS DE LINGUAGEM

Os distúrbios de linguagem assim como as dificuldades de aprendizagem são conceitos que caminham juntos no processo de desenvolvimento cognitivo da criança, no decorrer deste caminho pais e professores devem estar atentos para não rotular a criança com problemas, mas observar com atenção a qualquer dificuldade que a criança venha à ter no seu dia a dia educativo.

SAIBA MAIS

RELATO DA PALESTRA COM UMA PROFESSORA DA SIR VISUAL

Disciplina: Necessidades educativas especiais e prática pedagógica III.
Professora: Nara Borges
Terceiro semestre de pedagogia.

CONHECENDO UM POUCO SOBRE O BRAILLE

O Braille é um sistema de escrita e leitura tátil para as pessoas cegas. Surgiu na França em 1825, sendo o seu criador o francês Louis Braille que ficou cego aos três anos de idade vítima de um acidente seguido de oftalmia. Este sistema consta do arranjo de seis pontos em relevo, dispostos na vertical em duas colunas de três pontos cada. Os seis pontos formam o que se convencionou chamar "cela braille".Para facilitar a identificação, os pontos são numerados da seguinte forma:
































Fonte: www1.prefpoa.com.br

No decorrer do semestre, tivemos a oportunidade de conhecer a professora Suzete, de uma Sir Visual( sala de integração e recursos visuais). Foi muito importante esta palestra onde a professora inclusive possui a deficiência visual, ela nos contou um pouco da sua sua trajetória de vida. Conhecemos alguns recursos que podem ser utilizados pelo aluno com deficiência visual.
Uma das coisas que nos chamou atenção nos relatos, o quanto é importante deixar a pessoa com necessidade especial caminhar com seus próprios pés. Quando for auxiliar um cego não puxar pelo braço e sim permitir que ele caminhe livremente apenas dando o ombro para que ele se apóie. Com um toque da mão pode ser substituído por um olhar, muito importante para um educador quando se tem um aluno com deficiência visual. Através dos relatos nos ficou claro a necessidade de valorizar o outro. Perguntando se ele pode e como ele pode fazer, com o direito de adquirir aprendizagem igual a qualquer outro ser humano apenas de maneira diferente.
A Sir Visual tem sua visão voltada na promoção do bem-estar, ajudando professores com dificuldades em atender alunos com essas necessidades dando apoio pedagógico nas suas tarefas junto à uma sala de recurso especiais, capacitando-o para melhor atender os seus alunos. A sala de recursos conta com uma variedade de instrumentos como o alfabeto Braille de seis pontos, reglética (régua p/escrever), aulas de sorobã, aulas de matemática com régua especial de bolinhas para as operações , informática adaptada e leituras de tabelas, mapas gráficos e outros. Possui ainda uma biblioteca com livros de histórias infantis em Braille.

ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO

SEMINÁRIO REALIZADO EM AULA

Disciplina: Necessidades Educativas Especiais
Professora:Rosa Ramirez
Terceiro semestre de pedagogia

ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO

O titulo Altas Habilidade/Superdotação: você se acha capaz de atendê-los, resume muitas vezes os anseios de quase todos e todas que atuam na educação. A bagagem de conhecimento ainda é pouca e muitas vezes é restrito o caminhar em busca de formação constante que abranja também esta necessidade.

Mas então, como tornar-se capaz para atender e suprir os anseios destes alunos e alunas que tem suas capacidades “avantajadas” em relação aos demais, e que por este motivo precisam de um espaço e práticas renovadoras? Como realizar abordagens e estratégias diante do que não se conhece e não se busca conhecer?

São muitas as perguntas, e este é um desafio a desvendar transparentemente nos espaços escolares que entre rupturas e retrocessos clamam por mudanças.

SAIBA MAIS

FILME O MILAGRE DE ANNE SULLIVAN

Disciplina: Libras
Professor: André Reichert
Intérprete: Ângela
Aluno: Roberto Lopez
Terceiro semestre de pedagogia


O MILAGRE DE ANNE SULLIVAN


Um filme muito lindo e especial mostrando a incansável tarefa de ser educador e pai ao mesmo tempo, nos relata uma família que ama sua filha, mas não aceita suas características de surdez e cegueira, tornando-a uma criança tolhida nas suas expectativas de desenvolvimento cognitivo, corporal e afetivo.

A piedade estampada na cara dos pais evidencia a incapacidade de se aceitar as deficiências de modo a incluí-las de maneira mais natural possível e compreendê-las para melhor atendê-las no seio familiar.

Este filme nos traz uma mensagem de amor, de esperança, nos faz refletir a respeito do que é realmente educar uma criança com necessidade especial. Ter pena dificulta as relações de aprendizado, pois todas as pessoas, e em particular as crianças, tem que ter sua auto estima preservada, são indivíduos com capacidades e habilidades que precisam ser trabalhadas e afloradas, mas para isso é necessário ter muita paciência, entendimento do problema, aceitação da família em reconhecer seu filho como sujeito e não como doente. Outro aspecto importante é quando há interação dessa criança com outras da mesma idade para fortalecer os laços afetivos, de troca e de autonomia.

Documentário Som e Fúria

Com relação ao documentário, acredito que mexeu muito comigo todo aquele contexto de “o que é melhor para meu filho”, pai e mãe com opiniões diferentes sendo que são todos a favor do melhor. Hoje conhecendo um pouco a surdez, penso que as variáveis são muitas, como a questão financeira, nível social e cultural da família, opinar na questão do que é melhor para um surdo, acredito que somente ele e os que cuidam dele saberão..., para os ouvintes basta respeitar seu semelhante em todos os aspectos e vice-versa.

Bibliografia

SÁ, N. R. L. de. Cultura, poder e educação de surdos.
São Paulo: Paulinas, 2006.
SKLIAR, C. A surdez: um olhar sobre as diferenças. Porto
Alegre: Editora Mediação, 1998.

terça-feira, 15 de junho de 2010

PACIÊNTES E IMPACIENTES:PAULO FREIRE

Professora: Nara Borges


A reflexão de Paulo Freire no leva a compreender que só iremos superar essa postura de "querer libertar dominando", quando entendermos que não estamos "sozinhos" no mundo e que o processo de libertação não é obra de uma só pessoa ou grupo, mas sim de todos nós.



segunda-feira, 14 de junho de 2010


Disciplinas: Didática do planejamento e avaliação
Professora: Jussara Lobato
Disciplina: Necessidades Educativas Especiais
Professora: Rosa Ramirez
Pedagogia terceiro semestre


Do ponto de vista educacional, o processo de inclusão deve ser capaz de atender a todos, indistintamente, sendo capaz de incorporar as diferenças no contexto da escola, o que exigirá a transformação de seu cotidiano e, certamente, o surgimento de "novas formas de organização escolar, audaciosas e comprometidas como uma nova forma de pensar e fazer educação" (OLIVEIRA, 2004, p. 109). Assim, a proposta de uma educação inclusiva coloca-nos frente a este grande desafio: transformar a escola da atualidade.


Bibliografia: ARANHA, Maria Salete Fábio.Educação Inclusiva: a fundamentação filosófica. 2 ed./Brasília: MEC.
Secretaria de Educação Especial, 2006 28p.(série Educação Inclusiva).


sábado, 12 de junho de 2010

TRABALHOS PEDAGÓGICO DESENVOLVIDOS PELA TURMA


Jogos pedagógicos desenvolvido pelos próprios alunos, recursos
utilizado para alunos com necessidades especiais auditivas.




PLANO DE AULA DE LÍBRAS

Disciplina: Libras
Professor: André Reichert
Intérprete: Angela
Terceiro semestre de pedagogia





PLANO DE AULA

Dados de Identificação:
Professor(a)s: Dione Gauto e Roseli Bek

Objetivo Geral: Despertar a oralidade em conjunto com a construção do conhecimento da língua de sinais, através de uma prática lúdica envolvendo o grande grupo.

Objetivos específicos:
 Construir um conhecimento amplo na língua de sinais, utilizando-se do jogo proposto oportunizando a sinalização através de um conjunto de palavras que pode ser utilizada em um mesmo símbolo, diferenciados a partir da localização do corpo onde é efetuado;
 Oportunizar dentro do grande grupo a identificação da identidade de cada componente, respeitando assim a diversidade existente;
 Brincar através da expressão facial e corporal elaborando junto ao facilitador formas necessárias de melhorar a identificação dos sinais na LS;
 Desenvolver técnicas de elaboração de frases junto aos sinais trabalhados.

Método: Utilizar-se de um jogo de causa e efeito associado a comunicação alternativa, através da montagem de um tabuleiro com símbolos da LS que representam várias palavras, conforme a localização utilizada a partir do corpo. Cada símbolo terá uma lâmpada que ao comando da facilitadora acenderá, a dupla no momento terá de reproduzir o sinal apresentado, exercitando também a oralidade, através primeiramente de uma palavra e na segunda rodada de uma frase.
Recursos: Tabuleiro preparado pelas facilitadoras.

ORGANIZAÇÃO PROGRAMÁTICA DO TEMPO DE AULA

Tempo de aula: 45min.

Parte Inicial: 10 min.

Rodinha Social: apresentação das atividades, combinações gerais sobre, comportamento esperado da turma e motivação.



Parte Principal: 30 min.
Jogo do Tabuleiro


Parte Final: 05 min.


Rodinha Social: Questões relativas ao comportamento, novas aprendizagens e grau de satisfação das atividades realizadas por parte dos alunos.

terça-feira, 8 de junho de 2010

A ESCOLA PARA A DIVERSIDADE HUMANA:UM NOVO OLHAR SOBRE O PAPEL DA EDUCAÇÃO NO SÉCULO XXI


Disciplina: Prática Pedagógica III: Educação Inclusiva
Professora: Nara Borges
Terceiro semestre de pedagogia




GUIMARÃES, Tânia Mafra (Org.) Educação Inclusiva: construindo significados novos para a diversidade. Belo Horizonte: Secretaria de Estado da Educação de Minas Gerais, 2002. (Lições de Minas, 22).


Rumo a um novo paradigma da inclusão onde o educar exige dos educadores, dos pais e de toda comunidade, um compromisso ainda maior. Onde a diversidade é uma as características fundamentais da humanidade. Sendo necessário abandonar os modelos e paradigmas tradicionais, na possibilidade de construir um novo modelo educacional capaz de atender a todos dentro de suas características próprias. Onde todos poderão aprender dentro dos diferentes estilos de aprendizagem.
Segundo Parish (1989), “Não há dúvida, as escolas precisam adaptar-se aos alunos e não o inverso”.
É necessário que as escolas busquem alternativas para receber todos os alunos, não basta retirar o aluno da escola especial e jogá-lo em uma sala de aula porque a lei exige, uma escola sem professores preparados, sem material pedagógico e sala de recursos não acolherá essa criança de fato. É preciso, verdadeiramente, que esse aluno esteja incluído e não apenas integrado.
Segundo Wayne Saitor(1991), ”A questão fundamental é a atitude. Se é algo que você deseja fazer, você começa a procurar meios de consegui-lo. Se é algo que você não deseja fazer, você começa a procurar desculpas para não fazê-lo”.
REFLEXÔES...
Incluir é propiciar um ambiente favorável à socialização e ao desenvolvimento integral dos alunos, respeitando as diferenças individuais, as fases de desenvolvimento, seus valores familiares e do seu meio, com o intuito de formar sujeitos críticos, autônomos, participativos e humanizados. Construir um ambiente escolar onde, vida e educação sejam inseparáveis. Esta escola deverá favorecer a contínua reconstrução de experiências inteligentes e afetivas, mediante a construção e aquisição de conhecimentos, formação de valores e atitudes, estabelecendo vínculos interpessoais e desenvolvendo habilidades. Formar seres pensantes e aprendizagens significativas no desenvolvimento de suas potencialidades.
A escola, ao atender as peculiaridades físicas, psicológicas e sociais de seus alunos, criará condições para que eles participem e busquem novas maneiras de interagir com a realidade, buscando e transformando saberes dentro das suas vivências sem que hája preconceitos, esquecendo, até mesmo, das suas diferenças.

sábado, 5 de junho de 2010

PLANO DE AULA DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Disciplina: Educação e Corporeidade
Professora: Rossana Della Costa
Terceiro semestre de pedagogia











PLANO DE AULA
EDUCAÇÃO FISICA


Dados de Identificação:

Escola: Educação de Jovens e Adultos
Professor(a): Dione Gauto e Roseli Bek
Turma: Série: 4ª – séries iniciais
Data:


Objetivo Geral: Favorecer a integração e a construção do conhecimento através do lúdico, utilizando-se do corpo em movimento, e tendo os jogos cooperativos como elemento chave para traçar indicadores que revelem o perfil da turma, bem como suas habilidades específicas, que poderão indicar alunos portadores de altas habilidades.


Objetivo específico:
 Trabalhar a psicomotricidade envolvendo cérebro e músculos, permitindo a evolução no plano do pensamento e motricidade;
 Pontuar ritmo, lateralidade, equilíbrio e unidade, observando a inteligência corporal-cinestésica;
 Realizar atividades que envolvam rapidez escuta, seqüência e raciocínio estabelecendo o conhecimento de seu próprio corpo e do que ele permite.

Método:
O método utilizado acontecerá a partir do lúdico, onde o jogo é transformado em instrumento pedagógico; um meio de ensino onde o prazer faz com que seus participantes explorem seu corpo e suas atitudes e atitudes dos que com eles jogam.
Aspectos essenciais para a formação humana serão levados em conta em cada atividade, através da escuta, do falar, do desenvolvimento e do aprendizado dirigido.
Não provocar a exclusão é um ponto chave nos jogos cooperativos, despertar valores que não marginalizem o colega em suas características corporais e habilidades motoras é o mesmo que permitir que a diversidade de situações não possa encontrar lugar maior do que o prazer de brincar e aprender.
O método utilizado também levará em conta a percepção de cada jogador, em suas estratégias, ou seja, maneiras de dar solução a tarefa que deverá realizar, contemplando as inteligências múltiplas.

Recursos: Duas bolas, 04 bambolês, uma corda, um aparelho de CD.


ORGANIZAÇÃO PROGRAMÁTICA DO TEMPO DE AULA

Tempo de aula: 45min.

Parte Inicial: 10 min.

Rodinha Social: apresentação das atividades, combinações gerais sobre, comportamento esperado da turma e motivação.

Aquecimento: Atividades de alongamento.


Parte Principal: 30 min.

Atividades: Atividades realizadas através de um circuito, onde a turma será dividida em dois grupos. Sendo selecionado um integrante de cada grupo, onde cada grupo auxiliará o colega que estará no circuito. Porém com auxílio de um dado o grupo terá acesso a um envelope com a atividade que deverá ser realizada, ganha quem chegar mais próximo do final do circuito.

Parte Final: 05 min.

Atividade: de volta à calma; Dança ritmada com todo o grupo.

Rodinha Social: Questões relativas ao comportamento e grau de satisfação das atividades realizadas por parte dos alunos.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

PLANO DE AULA

Disciplina: Didática Planejamento e Avaliação
Professora: Jussara Lobato
Pedagogia terceiro semestre

PROJETO DE TRABALHO

Tema: Conhecendo meu aluno



1. JUSTIFICATIVA:
O papel da escola se concretiza pela ação educativa. Desse modo, o trabalho do educador é tão complexo e importante que não pode ser improvisado. Cada professor, conhecendo seus alunos tem de saber o que vai ensinar, para quê e como fará isso, estabelecendo saberes específico.
A importância de conhecer o aluno e contemplá-lo em suas necessidades transcende o contexto educativo e visa estabelecer vínculos que elevem a auto estima produzindo um fazer pedagógico diversificado e facilitador.
Partindo do Referencial Curricular para Educação Infantil, de que o sujeito de nossa ação tem sua história, e de que é marcado pelo meio social onde vive, é fundamental que o corpo docente pontue estas relações possibilitando processos de aprendizagem que alcancem os níveis de cada um.
O autoconhecimento é a base para ampliar o conhecimento do outro como sujeito de importância, que age, interage e é capaz de modificar a sociedade, através de suas ações.
O projeto “Contemplando nosso aluno”, com base no currículo dos sujeitos envolvidos, auxiliará na construção de uma identidade autônoma, que inicia pontuada por uma infância sadia, revelada através da formação de sua conduta.

2. OBJETIVO GERAL:
Possibilitar que a criança construa sua identidade e autonomia por meio das brincadeiras, das interações socioculturais e da vivência destas relações em diferentes situações.

3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
• Familiarizar-se com a imagem de seu próprio corpo;
• Explorar as possibilidades de gestos e ritmos corporais através das brincadeiras;
• Resgatar a história de vida do aluno, tendo como fator primordial elevar sua auto-estima, possibilitando que ele se identifique como sujeito da história;
• Identificar e reconhecer aspectos que o caracterizam;
• Reconhecer a existência de diferentes modos de ser e viver, explorado através da diversidade cultural;
• Desenvolver o conceito de semelhança e diferença;

• Ocupar-se da arte do brincar através de jogos de conhecimento através da confecção e visualização da árvore genealógica de cada um.
Desenvolver através da música gestos, ritmos corporais e interação com o grupo.
• Conhecer o corpo por meio do uso de suas habilidades físicas, motoras, e perceptivas (auditiva, visual, tátil, gustativa e olfativa);
• Participar em atividades que envolvam histórias, brincadeiras, jogos e canções relativas à diversidade de culturas de suas famílias e de outros grupos. .
• Explorar diferentes objetos e de suas propriedades (cor, som, odor, forma, tamanho, altura, textura, peso, consistência, movimento, temperatura, etc.):

5. CONTEÚDOS CONCEITUAIS:
• Saber trabalhar a percepção do corpo a partir de observações sistemáticas no espelho;
• Exploração da oralidade, diante de relatos vivenciados, narrações e opiniões;
• Trabalhar motricidade ampla e fina de maneira criativa por meio da produção e confecção de materiais;
• Compreender a noção de quantidade;
• Identificação dos cinco sentidos.

• Confecção de crachás para auto identificação;
• Construção de mural com fotos dos alunos;
• Interpretação de imagem;
• Exploração do espaço físico.
Saber desenvolver a noção de grandeza e medidas.
Saber identificar espaços e formas.
7. CONTEÚDOS ATITUDINAIS:
• Integração social entre alunos;
• Cooperação durante a realização dos trabalhos;
• Conscientização e respeito.

8. SITUAÇÕES DIDÁTICAS:
• Propor sistematicamente brincadeiras em grupos integrando os alunos, através de conversas em rodinha, a fim de possibilitar o conhecimento e aproximação das crianças;
• Criar um cartaz com fotos dos alunos para auto-identificação;
• Trabalhar a percepção do corpo a partir de observações sistemáticas no espelho;
• Estabelecer observações em duplas a cerca das diferenças e semelhanças entre os demais colegas, construindo o conceito do eu e do outro;
• Fazer um desenho do corpo inteiro, incentivando a criança a reproduzir sua imagem;
• Promover momentos em que o aluno observe seu próprio espaço e o do outro;
• Nomear objetos e móveis presentes na classe, construir maquete da sala utilizando caixas de sapato e outros materiais recicláveis;
• Na escola passear por suas dependências, conhecer funcionários, buscar o conhecimento de suas histórias de vida;
• Realizar um conhecimento do bairro, fazendo visitas a casas comerciais, praças, moradores e outros;
• Discutir profissões e respectivas atividades desenvolvidas na família;
• Na rua onde cada criança mora realizar um reconhecimento das casas e dos moradores, estabelecendo conceitos de direito, esquerdo, frente, etc.

9. AVALIAÇÃO:
A avaliação será de forma sistemática e, em todos os momentos do projeto serão registrados os avanços, desempenhos e dificuldades encontrados, a fim de aprimorar as etapas posteriores.
Através de uma observação lançar os registro em uma ficha de relatos onde o desenvolvimento individual de cada criança e da turma em geral, possibilitará a identificação dos conhecimentos prévios e as condições que possam promover avanços na construção do conhecimento.

10. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Referencial curricular nacional para a educação infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998. V. 3.

Revista. CRIANÇA do professor de Educação Infantil, Ministério da educação. Ed. 35. Dezembro, 2001.

COMO TRABALHAR A MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL?


A Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB -, aprovada em 1996, estabelece, em seu artigo n. 29, que a Educação Infantil tem como finalidade “o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade”. Tal afirmação é resultado de uma nova maneira de compreender a criança que é vista como um ser ativo, competente, agente, produtor de cultura, pleno de possibilidades atuais e não apenas futuras.
Muitas vezes a dúvida é :
Como ensinar matemática de acordo com Referencial curricular nacional para educação infantil.
Alguns exemplos que podem nos ajudar.







Fotos retiradas da autora.
Gabriela Guarnieri de Campos Tebet é Professora de Educação Infantil da Prefeitura Municipal de São Carlos; Pedagoga e Mestre em Educação pela UFScar. É co-autora do livro Trabalhando a diferença na educação infantil pela Moderna.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

ÁNÁLISE REFLEXIVA FILME MISSÃO ESPECIAL

Disciplina: Necessidades Educativas Especiais
Professora: Rosa Ramirez
Turma: Pedagogia terceiro semestre

Informações Técnicas:
Título no Brasil: Missão Especial
Título Original: Miracle Run
País de Origem: EUA
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 88 minutos
Ano de Lançamento:2004
Estúdio/Distrib.: Platina Filmes
Direção: Gregg Champion

O filme Missão Especial, vem nos reforçar a necessidade de conhecer o nosso aluno de verdade,o filme nos relata a vida de dois gêmeos que durante a aula tinham como atividades recortes ou pinturas, um dos garotos repetia tudo o que o professor dizia, os colegas ficavam rindo dele, porém o outro não falava nada.
A mãe ao descobrir que os filhos eram autistas fica em desespero por não ter cura ou um tratamento efetivo.
Até que certo dia a professora disse a mãe que era impossível ensinar algo a eles. Que era necessário matricular seus filhos num sanatório, mesmo muito aflita ela luta pelos seus filhos e jamais deixa transparecer perante os garotos. A mãe foi em busca de seus direitos onde seus filhos tivessem uma aprendizagem igual a dos colegas. Dessa forma é possível observar o despreparo da escola, em atender as crianças com necessidade especial, o desinteresse em estudar a fundo este aluno, o preconceito da sociedade era visível, a falta de apoio dos órgãos governamentais dificultava a busca de alternativas pala mãe dos garotos.
Além de serem portadores de autismo os dois possuíam habilidades específicas para certas coisas. Com o passar do tempo foi possível provar.
O filme nos deixa bem claro, o despreparo e o desinteresse em resgatar esses alunos, sendo de uma grande emergência desconstruir esse paradigma da escola tradicional e buscar conhecer esse aluno dentro da diversidade que estamos inseridos, de acordo com as inteligências múltiplas. Onde todos tem direito de aprender.

Roseli Bek

.

PROJETO DE TRABALHO

Disciplina: Didática planejamento e avaliação
Professora: Jussara Lobato Fernandez
Terceiro semestre pedagogia




O Projeto tem como objetivo favorecer a criança diversas maneiras de aprender. Partindo da realidade e de acordo com as necessidades do aluno.
O que esse aluno sabe?
O que queremos que esse aluno aprenda?
Trabalhar com projetos significa trabalhar através de tema , onde a própria turma escolhe o tema.
Ao organizar um projeto é planejado o trabalho no qual se tem a intenção de realizar, lançando-se para diante, olhando para frente.
Para elaborar um projeto é necessário, então, considerar criticamente (...) os limites e possibilidades do contexto escolar, definindo os princípios norteadores da ação, determinando o que queremos conseguir, estabelecendo caminhos e etapas para o trabalho, designando tarefas para cada um dos sujeitos envolvidos e avaliando o processo e os resultados."

Hernández, Fernando
A organização do currículo por projetos de trabalho/Fernando Hernández e Montserrat Ventura;trad. Jussara Haubert Rodrigues.5 ed. Porto Alegre: Artes Médicas. 1998.

PLANOS DE ESTUDOS

Disciplina: Didática planejamento e avaliação
Professora: Jussara Lobato Fernandez
Terceiro semestre pedagogia


O Plano de Estudos é o plano de escola.Sendo mais amplo e abrangente.Além de conter uma lista de disciplinas, com respectivas cargas horárias é um autentico plano de trabalho além da distribuição do tempo, conteúdos pro gramáticos de cada componente curricular.
O plano de estudos passa a ser uma pauto de trabalho para os professores e alunos que se reúnem para construir. Entre o PPP e o plano de trabalho do professor se situa o Plano de Estudos nele diz o que a escola pretende que se constitua com prática pedagógica, quando necessário a revisão periódica.
Sua elaboração segue do projeto político da escola, sendo resultado de construção coletiva, entre corpo docenti e discenti, comunidade e mantedora.Sendo necessário a consulta aos Parâmetros Curriculares Nacionais.
FILIPOUSKI, Maria Ribeiro; MARCHI, Diana Maria; SCHÄFFER, Neiva Otero (Orgs). Teorias e fazeres na escola em mudança. Porto Alegre: Editora da UFRGS ;2005.

'Planejar é antecipar ações para atingir certos objetivos''



TIPOS DE PLANEJAMENTO:PLANO POLÍTICO PEDAGÓGICO,
PLANO ANUAL, PLANO DE ESTUDOS, PROJETO DE TRABALHO E PLANO DIÁRIO

Planejamento Escolar “Ensinar não é transferir conhecimentos, mas criar possibilidades para sua produção ou a sua construção”.
Quem ensina, aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender. ”
( Paulo Freire )
Paulo. Pedagogia da Autonomia. Saberes necessários a Prática Educativa.
São Paulo: Paz e Terra. 1996.

Planejamento Escolar
Através do planejamento é possível programar as ações docentes, mas também é um momento de pesquisa e reflexão intimamente ligado á avaliação. Para poder planejar adequadamente a tarefa de ensino e atender ás necessidades do aluno é preciso, antes de qualquer coisa, saber para quem se vai planejar. Por isso, conhecer o aluno e seu ambiente é a primeira etapa do processo de planejamento.
Sem uma sondagem e o diagnóstico e o diagnóstico podemos correr o risco de propor ao aluno o que é impossível alcançar ou o que não interessa ou, ainda, o que já foi alcançado .Dessa maneira podemos dizer que o planejamento e avaliação caminham juntos.

PLANEJAR REQUER
Ser criativo sempre, ser criativo na elaboração da aula, estabelecer prioridades e limites, estar aberto para acolher o aluno e sua realidade ser flexível.

ROSELI BEK

REPORTAGENS COM CELSO DOS SANTOS VASCONCELLOS

PLANEJAMENTO, PLANO POLÍTICO PEDAGÓGICO E O PLANO ANUAL

Celso dos Santos Vasconcellos já foi professor, coordenador pedagógico e gestor escolar.

Por onde se deve começar um bom planejamento?

CELSO VASCONCELLOS. Depende muito da dinâmica dos grupos. Existem três dimensões básicas que precisam ser consideradas no planejamento: a realidade, a finalidade e o plano de ação. O plano de ação pode ser fruto da tensão entre a realidade e a finalidade ou o desejo da equipe. . Às vezes, começar resgatando os sonhos, as utopias, dependendo do grupo, pode ser mais proveitoso. O importante é que não se percam essas três dimensões e, portanto, em algum momento, a avaliação, que é o instrumento que aponta de fato qual é a realidade do trabalho, vai aparecer, começando o planejamento por ela ou não.

É possível realizar um processo de ensino e aprendizagem sem planejar?

VASCONCELLOS É impossível porque o planejamento é uma coisa inerente ao ser humano. Então, sempre temos algum plano, mesmo que não esteja sistematizado por escrito. Agora, quando falamos em processo de ensino e aprendizagem, estamos falando de algo muito sério, que precisa ser planejado, com qualidade e intencionalidade. Planejar é antecipar ações para atingir certos objetivos.

Em alguns contextos, o planejamento ainda é encarado como um instrumento de controle?

VASCONCELLOS. Sim, em algumas escolas e redes, ele ainda é um instrumento burocrático e autoritário. Em um sistema autoritário, o planejamento é uma arma que se volta contra o professor porque o que ele disser - ou alguém disser por ele - que vai ser feito tem que ser cumprido. Caso contrário, ele foi incompetente. E, nem sempre, conseguimos fazer o que planejamos. Por diversas razões, inclusive por falha nossa, mas não unicamente por isso.


É possível fazer um planejamento sem conhecer o projeto político pedagógico da escola?
VASCONCELLOS. Um projeto, a escola sempre tem, mesmo que ele não esteja materializado em um documento. Agora, o ideal é que esse projeto seja público e explicitado. Na hora do planejamento anual, ele deve ser usado como algo vivo, como um termômetro para toda a comunidade escolar saber se o trabalho que está sendo planejado está se aproximando daqueles ideais políticos e pedagógicos ou não.

Como evitar que o tempo dedicado ao planejamento anual não seja desperdiçado?

VASCONCELLOS. Nas escolas, o coordenador pedagógico é o responsável por esse processo. É preciso prever momentos específicos para cada tipo de assunto e ser firme na coordenação. Às vezes, há uma tentação muito grande em ficar gastando tempo do planejamento com problemas menores, administrativos ou burocráticos. Então, é muito importante planejar o planejamento. Ele precisa ser um coordenador pedagógico forte, mas onde buscar apoio para se fortalecer?
Com que frequência as ações do planejamento anual devem ser revistas pela equipe?

VASCONCELLOS. Eu insisto muito na reunião pedagógica semanal. Na minha opinião, esse encontro não deve ser por área, e sim com todos os professores daquele ciclo, daquele período,é imprescindível para planejar um trabalho de qualidade com coerência entre os professores. Além de ser um momento de socialização. Existem professores que descobrem coisas excelentes que vão morrer com ele porque não foram sistematizadas nem ele compartilhou aquelas descobertas. E, na hora do planejamento, há a possibilidade de reservar um momento para isso.

Existe algum momento que deve ser planejado com mais cuidado?

VASCONCELLOS. Sim, as primeiras aulas. Principalmente das séries iniciais. Existem estudos que mostram que a boa relação professor/aluno pode ser decidida nessas aulas. Há pesquisas que vão além e apontam os primeiros instantes da primeira aula como determinantes do sucesso da atividade docente. E não é só determinar os conteúdos a ser abordados, os objetivos a atingir e a metodologia mais adequada. É, sobretudo, se preparar, tornar-se disponível para aqueles alunos, acreditando na possibilidade do ensino e da aprendizagem, estando inteiramente presente naquela sala de aula, naquele momento.

REVISTA NOVA ESCOLA
Edição Especial | Janeiro 2009